Comando da Brigada Militar avaliou que presença de policiais tem sido bem acolhida pelas instituições
Correio do Povo
A Brigada Militar atua nesta quinta-feira com todo o efetivo nas ruas e sobretudo no entorno dos estabelecimentos de ensino no Rio Grande do Sul. “Nós estamos atuando com força total na comunidade escolar e isso tem trazido normalidade durante toda semana”, declarou o comandante-geral da BM, coronel Cláudio dos Santos Feoli. “Pretendemos manter esse policiamento aproximado das escolas para que a sensação de segurança permeie a comunidade escolar e a sociedade”, acrescentou.
Ele disse que o patrulhamento escolar prosseguirá de “maneira mais perene” e constatou até que as visitas dos policiais militares nas escolas têm sido cada vez mais bem acolhidas. “Isso vai trazer normalidade da presença policial”, avaliou.
O reforço do policiamento ostensivo mereceu especial atenção para a cidade de Maquiné, no Litoral Norte, onde está a Força Tática do 8º BPM. Na cidade, um adolescente havia sido flagrado com material neonazista e fascista no último dia 13. Segundo a Polícia Civil, através da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), o menor de 14 anos planejou um ataque a uma escola do município.
Ele foi apreendido e encaminhado para uma unidade da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (FASE-RS), conforme determinação da juíza da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Osório. Já os pais foram detidos por serem também adeptos do discurso de ódio e da doutrina neonazista. O casal já teve a prisão preventiva decretada.
No inquérito que ainda está sendo realizado, os pais e o filho serão indiciados por apologia ao nazismo, sendo que menor responderá ainda por ato infracional análogo a terrorismo. Dois amigos do menor já foram ouvidos na investigação.
A ação da CORE, que teve apoio do 8º BPM, resultou no recolhimento de um simulacro de arma de fogo, uma espingarda de pressão, facas, soqueiras, fardas camufladas, fotos e bandeiras nazistas e fascistas, toucas ninjas, luvas, camisetas, capacetes, livros, documentos, discos rígidos de computadores e telefones celulares.
A descoberta do plano de ataque em Maquiné ocorreu após a detenção de um jovem que pretendia fazer um ataque no Paraná. As autoridades paranaenses apuraram as ligações dele com outros no país, incluindo o adolescente gaúcho.