Segunda colocada no processo licitatório entrou com recurso, o que atrasa a definição do resultado final
RAFAEL FAVERO GZH
O processo de contratação da empresa que fornecerá as câmeras corporais para as polícias gaúchas ainda não tem data para ser finalizado. O pregão eletrônico – um dos modelos de compra do Estado – foi aberto em 26 de dezembro do ano passado.
A melhor proposta, isto é, a que teve o menor preço, foi da empresa L8 Group, do Paraná. Entretanto, a segunda colocada, a Teltronic Brasil, de São Paulo, ingressou com recurso. No momento, o Estado analisa a documentação de ambas as empresas e não tem nada data para definir o resultado final.
Por outro lado, questionada pela reportagem de GZH, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que a expectativa é que os equipamentos estejam nos fardamentos ainda no primeiro semestre de 2023.
“Cabe ressaltar, no entanto, que se trata de uma expectativa, pois é necessário o encerramento de todos os trâmites que envolvem a licitação para a homologação do vencedor. Apenas após essa certificação que encerra o certame que será possível iniciar, junto à empresa, as tratativas para fornecimento do material”, completa a nota enviada pela SSP.
A proposta da empresa paranaense para o fornecimento de 1,1 mil equipamentos foi de R$ 700 mil. O valor inclui os serviços de captação, transmissão, armazenamento e compartilhamento dos dados. Na primeira fase de implantação da tecnologia, a ideia é que as câmeras sejam utilizadas somente em Porto Alegre e na Região Metropolitana por conta da “maior concentração populacional”, explica a SSP.
O objetivo é que a atuação dos policiais seja monitorada em tempo real durante o trabalho. As informações obtidas com o equipamento, como imagens, áudios e localização, podem ser utilizadas em investigações. Além disso, as câmeras terão um “botão de pânico”, para quando o policial precisar de ajuda.
A previsão é de que a Brigada Militar fique com 90% das câmeras por realizar mais ações nas ruas. Os demais equipamentos serão para uso da Polícia Civil, em operações de busca e captura de criminosos.
A tecnologia já é utilizada em outros Estados, como São Paulo, Rondônia e Santa Catarina.