O Estado do Rio Grande do Sul deveria ter 35 mil policiais militares trabalhando na Brigada Militar, porém, atualmente, existem somente 17 mil servidores que prestam seus serviços à segurança pública estadual.
Desta forma, caso os governos estaduais tivessem a preocupação expressa nos discursos, quando candidatos, nas campanhas eleitorais, a defasagem de mais de 18 mil servidores já estaria extinta.
O atual assunto do momento é o rombo no Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS), instituição criada em 8 de agosto de 1931, tendo como objetivo de amparar os servidores públicos e suas famílias, trabalhando com pensões, empréstimos e pecúlios, formando um enorme ativo para o Estado.
Os primeiros funcionários que ingressaram no IPE só viriam a se aposentar nos anos 1960, assim houve a possibilidade de investir os valores dos fundos previdenciários em empréstimos hipotecários para aquisição de imóveis e seguros de vida.
Os fundos de pensão não estavam no caixa único, sendo administrados pelos gestores do IPE, porém a voracidade dos governos levou os recursos para utilização pelo Estado em outras áreas que não os fins específicos do IPE, ou seja, saúde e previdência.
Os servidores estaduais contribuíam com a previdência até aposentarem-se, porém mudanças na legislação fazem com que todos contribuam até sua morte com o fundo previdenciário para haver recursos para as aposentadorias.
Várias tentativas de cobrir o rombo foram utilizadas pelos governantes, inclusive a criação de fundos previdenciários específicos, que depois de extintos iam para o caixa único, além da divisão em IPE Saúde e IPE Previdência no ano de 2017.
Mas voltando ao rombo no efetivo da Brigada Militar, este tem solução, basta os governantes tomarem a decisão de completar os quadros da segurança, enquanto o rombo do IPE foi criado pelos governos dos últimos 50 anos, que desviaram recursos para outros fins.
Agora a solução é, novamente, onerar mais ainda os servidores estaduais.