Governo do RS abriu nesta semana a licitação para aquisição de 1,1 mil equipamentos, dos quais mil serão destinados à Brigada Militar
GABRIEL JACOBSEN GZH
A instalação de câmeras corporais em agentes da Polícia Civil gaúcha começará pelos uniformes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) – espécie de grupo de elite da corporação. A prioridade se deve ao fato de que a Core atua em situações com maior risco de conflito.
O segundo grupo que receberá as câmeras em uniformes será o de policiais das equipes volantes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Porto Alegre.
— As nossas cem primeiras câmeras serão direcionadas para a Core e para o DHPP. Começará pela Core pela atividade operacional com ingresso em áreas de conflito — explica o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré.
O governo do Rio Grande do Sul abriu nesta semana uma licitação para aquisição de 1,1 mil câmeras corporais que serão instaladas nos uniformes de brigadianos e policiais civis. Desse primeiro lote, mil serão destinadas à Brigada Militar (BM), e as restantes para a Civil.
O chefe de Polícia avalia que o registro de imagens é positivo, e ajuda os policiais que atuam conforme os protocolos estabelecidos.
— Isso vai dar a certeza de que as ações são realizadas dentro da técnica. O registro de imagens resguarda o policial que trabalha dentro da técnica. Não tenho dúvida de que será um ganho — diz Sodré, que evita estabelecer prazos para implementação das câmeras.
Na BM, a previsão do Departamento de Informática é de início da operação das câmeras até agosto. A estimativa leva em conta que a licitação atual seja bem-sucedida.
A empresa que vencer a licitação terá que oferecer o sistema completo de captação, gestão e armazenamento das imagens registradas durante a atividade policial. A empresa que vencer a pregão eletrônico – marcado para o dia 23 de maio – ficará responsável pelo serviço por cinco anos.
Como vai funcionar o registro das imagens
A câmera terá duas modalidades de uso. A gravação permanente, sempre que for retirada da doca de recarga, e outro modo que deve ser ativado pelo policial quando iniciar o atendimento de uma ocorrência. Neste segundo modo, o equipamento aumentará a qualidade de gravação de imagem e áudio, e permitirá o acesso remoto ao conteúdo, em tempo real.
A licitação anterior, que havia sido aberta em dezembro de 2022, foi cancelada no início do mês passado. De acordo com a Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, responsável pelas licitações, houve necessidade de ajuste nas especificações do equipamento para assegurar a incorporação ideal nas atividades de policiamento.