Ocorreu no dia 27/04 um ato de homenagem póstuma, para reverência ao Cabo César Alcides Figueiredo que tombou em serviço no dia 20/09/1986, na rua Juarez Porto Alegre na Zona Norte de Porto Alegre quando tinha 35 anos, servindo, à época no 11º BPM.
A iniciativa foi da Associação do Bairro São Sebastião, Veteranos do 11º BPM e Comando da unidade.
As homenagens á heróis da Brigada Militar são motivadas pela Portaria 643.A/EMBM/2016, inspiradora da criação da Lei nº 15.156/18, como forma de lembrar a toda a comunidade do RS o valor, a valentia o destemor por parte de policiais que honraram a instituição e tiveram suas vidas interrompidas no cumprimento do dever.
O ato solene ficou prejudicado com o mau tempo, mas não perdeu o brilho com as várias homenagens de colegas e autoridades, sempre acompanhada da Banda de Música da Brigada Militar que deu inicio ao ato com o Toque do Veterano e posteriormente o Toque de Silêncio pelo Soldado Leonardo Pinheiro Ferreira em respeito ao Cabo tombado em serviço.
Filho volta a chorar a falta de seu pai
Alcides Marcos Bittencourt Cezar, um dos filhos do cabo Figueiredo, emocionado voltou a relembrar da perda do grande herói.
– Recordo do homem bom, pai exemplar que deixou uma família inteira enlutada, tendo que se reconstruir a cada dia. A sociedade não tem noção do que representa para esposa, filhos e demais familiares um policial tombado cumprindo com a sua função, ou seja trabalhando para as pessoas terem paz.
– Já fazem muitos anos, mas a dor permanece para sempre. Assim se manifestou o filho do Cabo Figueiredo, emocionado.
Atos de fé foram promovidos pelo padre Wener Rauber, falando da importância de valorização da vida e exaltando os homens e mulheres da polícia que asseguram a vida em sociedade.
Kandice Fabris da Silva, presidente da Associação do bairro São Sebastião e Lindóia, autora da proposição de homenagem, usou a palavra dizendo que os brigadianos que atuam em uma determinada área eles são os heróis do seu bairro e que desta forma quando eles morrem em serviço o bairro chora suas mortes, pois eles representam o bem presente junto as famílias.
Ten. Coronel Daniel Araújo de Oliveira, em suas palavras dissertou que ser policial é muito mais que a escolha de uma profissão.
– Cuidar da vida das pessoas as quais sequer conhecemos e muitas vezes entregar sua própria vida em sua defesa é atribuição de poucos.
– Por isso o chamamos de heróis, como o Cabo Figueiredo, afirmou o comandante.
– Muitas pessoas transitam e desfrutam da praça Cabo Figueiredo e certamente quase ninguém vai ter curiosidade de saber quem foi este herói fardado. Então a instituição, seus comandantes e comandados e forças vivas do município precisam reverenciá-los para trazer bons exemplos à sociedade que quer paz e segurança.
Assim, rendo minha continência aos seus familiares. Assim procedeu o Ten. Coronel Daniel Araújo
Ao final foi descerrada a placa, no local onde o Cabo César Alcides Figueiredo tombou em serviço.
Presentes nos atos de homenagem:
– Ten. Cel. Daniel Araújo de Oliveira – Comandante do 11º BPM
– Coronel RR. Jerônimo Braga – Presidente da Associação do Museu da BM
– Cel. RR. Ataide Rodrigues Morais – Comandante da Legião Altiva da BM
– Gelson da Guarda – Secretário Adjunto da Segurança Pública de Porto Alegre
– Coronel Marcelo Frota – Ex Secretário Adjunto da Segurança Pública do RS
– Major Helcio Moises Segu Gaira – Representando o 20º BPM
– Cap. Clarisse Heck – Diretora do Museu da Brigada Militar
– Cel. RR. Ataide Rodrigues Morais – Comandante da Legião Altiva da BM
– Kandice Fabris da Silva, presidente da Associação do bairro São Sebastião e Lindóia
– Tenente Terezinha – Representando a AOFERGS
– Sgt Clóvis Portela – Representante dos Veteranos do 11 BPM
Além das representações, estiveram presentes moradores do bairro e familiares do Cabo Figueiredo, sendo eles:
– Viúva; Sra Maria Justina Bittencourt Cesar e seus filhos Alcides Marcos, Ana Mary e Alice Mary.