Na tarde desta quinta-feira, 31/10/24, o jornal Correio Brigadiano, âncora do Correio Brigadiano, realizou entrevista repercutindo a ocorrência que impactou o estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias.
A ocorrência na rua Adolfo Jaeger, no Bairro Ouro Branco em Novo Hamburgo teve mais de 10 horas de duração, com cerco policial e pessoas mortas, sendo 02 jovens Policiais Militares.
Aquilo que parecia um atendimento de rotina, ocasionado por desentendimento familiar se transformou em uma tragédia quando a BM foi acionada indicando pelo n° 190 uma vítima, o senhor Eugênio Crippa que ligou informando que seu filho o impedia de sair a rua e lhe agredira, juntamente com sua esposa Cleris, presentes um dos filhos, Everton Luciano e a companheira Prescila de Castro Martins.
Em meio ao atendimento da BM, Edson Fernando Crippa, 45 anos, acusado de agressões aos pais aparece de forma inesperada abrindo fogo contra os policiais e familiares, vindo a ser alvejado o soldado Everton Kirsch Júnior, de 31 anos que morreu ao ser atingido na cabeça o pai do atirador, também morto no local, tendo atingido também o irmão.
Com isso outra guarnição passou a ser acionada e foi recebida com inúmeros disparos, que atingiram outros policiais, sendo o caso mais grave o Soldado Rodrigo Weber Volz de 31 anos que também veio a óbito.
Edson Crippa, possuía duas espingardas e duas pistolas e veio a efetuar mais de 100 tiros contra as guarnições.
Várias hipóteses foram ventiladas sobre a origem da ocorrência policial e muitas dúvidas.
Uma delas diz respeito ao agressor sofrer de esquizofrenismo, um transtorno mental grave e outro sobre a admissão do porte de armas por parte do agressor.
O Jornal Correio Brigadiano, pela Rádio Studio 190 entrevistou algumas autoridades, especialmente na tentativa de levar a público alguns pontos não veiculados ou noticiados em outra versão:
Ten. Coronel Santos Rocha – Comandante do Batalhão de Operações Especiais da BM – BOPE
“Infelizmente perdemos nossos homens, além de alguns feridos e outros civis mortos, razão que nos solidarizamos com os familiares e a impressão que sempre tive, pela experiência em muitas operações foi que o atirador tinha habilidades e se tratava tecnicamente de um agressor ativo.”
“Uma ocorrência em que passa a ter como objetivo central o parar a morte, ou parar de matar pessoas.”
– Os policiais que atuaram nesta ocorrência são heróis. Não se sabe se este agressor ao ter condições de sair às ruas não efetuaria disparos em outros inocentes da cidade.
– Ele foi contido dentro de sua própria casa, finalizou o Coronel.
Provocado sobre a admissão de um conceito de violência policial no Brasil, Santos Rocha ocupou pronunciamento anterior, dando conta da sociedade violenta, para afirmar sobre a proporção da violência policial.
– A polícia se movimenta conforme a própria sociedade. É preciso que a força proporcional seja usada, para que a ordem seja mantida, então a violência sempre será de acordo com os comportamentos das próprias pessoas.
Dr. Ivan Pareta Junior – Advogado
Presidente da Comissão Especial de Políticas Criminais e Segurança pública da OAB-RS
– Representando a OAB, tenho participado de atividades dentro e fora do RS, com a presença de representantes de forças policiais, inclusive com a presença do Cel. Feoli, Comandante-Geral, tratando de indicadores de segurança que por orientação da ONU o pais seja seguro pra se viver.
Nestes estudos tem aparecido além da insegurança o numero expressivo de policiais mortos em serviço, o que preocupa a Comissão Especial de Politicas Criminais e Segurança Pública acrescentou o advogado.
Psicóloga Soila Cidade – Instituição Beneficente Coronel Massot
– Existem algumas afirmativas, especialmente na imprensa, dando conta que o atirador tinha diagnóstico de esquizofrenismo, buscando uma motivação do crime praticado com a doença do agressor.
Embora seja uma doença mental grave, por si só esta doença não guarda este requinte apresentado, afirmou.
– Esta cognição organizada por parte do atirador não está presente, em via de regra com o Esquizofrênico alegou a psicóloga Soila Cidade.
– Com relação a autorização para o porte de armas, cuja condição são exames específicos ao que se sabe a alguns anos não estava habilitada, o que sugere duas hipóteses: ou ele não buscou a validação, ou teve a condição de inaptidão clinicamente.
São fatos, que como esclareceu o Dr. Ivan Pareta, somente um inquerido poderá elucidar.
Ao Final da entrevista foi entregue pelo apresentador Gilson Noroefé um troféu de reconhecimento 30 anos do Correio Brigadiano ao Batalhão de operações Especiais
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