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Honra e glória eterna aos Heróis do Batalhão Suez (1957–1967)

DEFENSORES DA PAZ E DA HUMANIDADE. VOCÊS PERMANECERÃO NA HISTÓRIA DO BRASIL PARA SEMPRE.

Marco Antônio Moura dos Santos[1]                         

“Nosso Senhor diz: Bem-aventurados os que promovem a paz; essa é a missão dos Boinas-Azuis, dos Soldados da Paz – nossa missão coletiva!” (Capelão Coronel Müller)

É com profundo respeito e emoção que nos reunimos hoje para render uma homenagem significativa àqueles que, há mais de cinco décadas, levaram a bandeira do Brasil a um remoto canto do Oriente Médio, como integrantes do que se tornaria o renomado Batalhão Suez[2]. Esses homens, por meio das Nações Unidas (ONU), transportaram uma mensagem de paz em tempos de guerra, incertezas e reconstrução. O dia 24 de outubro é reconhecido como “Dia das Nações Unidas” ou “Dia da ONU”. Comemorado pela primeira vez em 1948, este dia marca anualmente o aniversário da entrada em vigor da Carta das Nações Unidas em 1945[3].

A participação do Brasil em operações de manutenção da paz sob a égide das Nações Unidas, especialmente na região do Canal de Suez, demonstra claramente um compromisso nacional com a cooperação internacional e a estabilidade global. O envio de tropas preparadas reafirma a disposição do país em colaborar na proteção de áreas estrategicamente relevantes para a segurança mundial e reforça sua imagem como defensor das nações que cumprem suas responsabilidades perante a comunidade internacional e os valores universais da humanidade.

Foram anos marcados por sacrifícios, convivência com diversas culturas e superação de barreiras linguísticas e desafios diários. Acima de tudo, esse período foi uma oportunidade para demonstrar a bravura, determinação e disciplina dos soldados brasileiros. Longe de seus lares e famílias, nossos compatriotas ensinaram ao mundo que a força moral é tão essencial para alcançar vitórias quanto a força física e que o verdadeiro propósito das armas é promover a paz.

Aqueles que serviram no Batalhão Suez não apenas cumpriram uma missão militar; eles realizaram uma obrigação humana universal. Foram construtores de relações, disseminadores de esperança e defensores da paz. As ações desses homens ecoam através dos registros da história militar brasileira como um testemunho de amor altruísta. Os integrantes do Batalhão Suez enfrentaram condições adversas enquanto atuavam em um ambiente político e social repleto de tensões e incertezas. Contudo, agindo com coragem, profissionalismo e espírito cívico, tornaram possível nosso anseio coletivo pela segurança entre as nações.

Neste dia especial dedicado ao Batalhão Suez, recordemos o valor dos serviços prestados ao longo do tempo por gerações inteiras cumprindo seu lema de servir à sociedade. Esta homenagem representa nossa gratidão aos que transformaram o uniforme em um símbolo de fraternidade entre os povos e confirmaram seu total comprometimento, mesmo diante do risco às suas vidas. Valorosos soldados do Batalhão Suez, que seus feitos inspirem futuras gerações, a manter viva a chama da paz, justiça e solidariedade humana.


[1] Coronel da Reserva da Brigada Militar e Especialista em Integração e MERCOSUL (UFRGS)

[2] A primeira experiência do Brasil em missões de paz foi com a Força de Emergência das Nações Unidas no Oriente Médio (UNEF I) com o envio de militares integrando o chamado Batalhão Suez, que atuou na região do Canal de Suez por mais de dez anos, de janeiro de 1957 até junho de 1967 com um total de aproximadamente 6.300 homens participaram dessa força.

[3] A Carta da ONU, assinada em 26 de junho de 1945 e em vigor a partir de 24 de outubro de 1945, é o documento fundador das Nações Unidas.

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