Arma antidrone com tecnologia militar será utilizada por polícia do RS para neutralizar crimes em presídios; entenda

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Equipamentos foram apresentados nesta sexta-feira junto dos mais de 250 veículos e uma aeronave recém-adquiridos pelo governo do Rio Grande do Sul

Gabriel Jacobsen GZH

Polícia Penal gaúcha passou a contar, nesta sexta-feira (23), com as suas primeiras armas antidrone para tentar frear a remessa de celulares, armas e outros materiais ilícitos para dentro de presídios. Os equipamentos foram apresentados no começo da tarde junto dos mais de 250 veículos e uma aeronave recém-adquiridos pelo governo do Rio Grande do Sul.

As três armas serão utilizadas nas cadeias gaúchas onde há mais relatos de aproximação de drones. Segundo dados de dezembro de 2024, o Estado conta com 84 presídios e penitenciárias de regime fechado e outras 17 de regime semiaberto.

— O kit antidrone possui tecnologia militar que neutraliza essas ações criminosas. Possui todos os níveis de contramedida. É um equipamento utilizado inclusive pela Otan na Guerra da Ucrânia — explicou Gustavo Stupp, chefe da Seção de Material Bélico da Polícia Penal gaúcha.

Como funciona o equipamento

Segundo Stupp, o que a arma faz é, utilizando a emissão de frequências específicas, interferir no contato entre o operador do drone e o dispositivo que está voando. Assim, com o uso do kit, os policiais penais poderão fazer o drone pousar imediatamente ou retornar ao ponto de decolagem.

— O kit antidrone tem a capacidade de neutralizar o drone, e o operador (da arma antidrone) pode fazer o drone retornar a sua origem para a gente possa localizar tanto o material ilícito quanto o piloto do drone — acrescentou Stupp.

Cada um dos kits antidrone custou ao Rio Grande do Sul R$ 1,4 milhão. O equipamento já é usado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e por agentes de segurança de SP e MG.

O equipamento comprado pelo governo gaúcho é o DroneGun Tactical, da empresa Droneshield. Em seu site, a empresa promete que o dispositivo “oferece uma contramedida segura contra uma ampla gama de ameaças de sistemas aéreos não tripulados (por exemplo, drones), sem causar danos (…) ao ambiente circundante”. O kit ainda inclui bloqueador de sinal portátil que pode neutralizar aeronaves em ambientes críticos.

Gabriel Jacobsen / Agência RBS
Equipamento intercepta sinal entre drone e o operador da aeronave não tripulada.Gabriel Jacobsen / Agência RBS

Novo helicóptero e viaturas

Nesta sexta, além desses equipamentos, foram entregues às forças de segurança pública do Estado um helicóptero e 242 viaturas para a Brigada Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e o Instituto-Geral de Perícias. Também foram entregues 29 viaturas-cela semiblindadas, oito ônibus, um guincho para a Polícia Penal.

Dos cerca de R$ 140 milhões investidos nesses equipamentos, R$ 49 milhões vieram do Fundo do Plano Rio Grande — dinheiro destinado à reconstrução do Estado após as enchentes.

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