Quando a idealização de alguém é o sonho do outro – livros e jornal
A idealização do TenCel Pinheiro, aliada ao sonho que era próprio do Poeta Cel Retamozo, gerou livros, a partir de uma associação de 37 PMs, a maioria oficiais, inclusive um de São Paulo, que soube da ideia e cotizou-se como sócio.
A produção de livros brigadianos, já era uma prática autônoma e, pessoal do grande poeta Cel José Hilário Retamozo, como também, de outros poucos brigadianos dispersos, inclusive o próprio, Tem Cel Vanderlei Martins Pinheiro com uma incipiente produção de obras técnicas. Procurou ao Cel Retomozo propondo a criação de uma associação (APESP) para essa finalidade, que se houve com sucesso. Começava a produção regular de obras técnicas – um fato novo. na história da corporação. Passados dois anos Pinheiro idealizou a produção de um jornal para a corporação, com proposta de substituir o house organ (órgão da casa), tão usual.
O apoio do Cel Retamozo na associação, recém formada, agregaram-se então, o Tenente Pérsio Brasil Álvares (que já tralhava, com Pinheiro), o Cel Verlaine Ulharusco de Vasconcelos (vizinho de Retamozo) e o publicitário Cristiano Max (filho TC Pinheiro). Estas cinco pessoas fundaram a Polost Editora e Distribuidora Ltda, bem aceita pela clientela policial militar. Três pessoas foram importantes auxiliares no desenvolvimento desse processo inicial de livros e depois de jornal. O servidor civil da BM, falecido no exercício dos últimos house organ, Jornal da Brigada e em seguida, Mensagem Brigadiana, jornalista Victor Moraes, que por muitos anos elaborou, os assim chamados jornalzinhos da BM e, teria lugar garantido grupo; a articulação desinteressada, mas qualificada, do Tenente do BPRv Claudio Medeiros Bayerle e, o Sgt Leovegildo Rolan, então cabo vendedor de livros em todo o interior do Estado, um verdadeiro embaixador do jornal Correio Brigadiano.
Anteriormente, décadas de 80/90, circulou na Instituição os house organ: o “jornal da BM, formato A/5 mais de 20 edições; “Jornal Brigada” em formato tabloide, com poucas edições, passando a circular com o mesmo nome, em formato A/5, seguido do “Mensagem Brigadiana, também no mesmo formato nos primeiros anos dos 90.
Todos assinados pelo jornalista Vitor Moraes que a cada comando, mexia no nome ou no formato. O “Mensagem Brigadiana” nos seus quatro primeiros exemplares, de janeiro a abril de 1994, foi produzido pelo jornalista Vitor. Sem nada receber, a Polost Editora garantia as Notas Fiscais necessárias aos patrocinadores, pagando o Correio Brigadiano por essa emissão.
No mês de maio, o jornalista Vitor Moraes, procurou a Polost Editora pedindo também, apoio para digitar e gerar os fotolitos à impressão. O que lhe foi garantido, replicando Vitor, que seria uma parceria para o futuro. O informativo foi um sucesso, pela publicação de um gráfico do Plano de Carreira, bem como de ter com a devida autorização grampear o Informativo nos contracheques, com custo diferido pelo Jornal. O jornalista Vitor Moraes foi hospitalizado com urgência e, diagnosticado, em poucos dias, de câncer terminal. Antes do final do ano de 1994 ele faleceu.
A partir do “Mensagem Brigadiana” iniciou-se um novo modelo de trabalho informacional que, a partir da clipagem de mídia do interior do Estado, fazia-se o destaque de policiais militares e bombeiros com ilustração das matérias em pequenos ícones.
A repercussão do método adotado como laboratório não poderia ter sido melhor.
O “Mensagem Brigadiana” circulou até maio de 1996, totalizando 19 edições numeradas sequencialmente editados pela Polost Editora.
A partir dele foram criadas condições para que circulasse o jornal Correio Brigadiano (JCB) número 01.
Era a continuidade de um trabalho comprometido com a ética das relações de comando, mas com autonomia financeira, independência operativa e liberdade de expressão para brigadianos e bombeiros.
Em abril de 1999, o JCB passou a circular em cores e, em fevereiro de 2001, a ser editado quinzenalmente com a tiragem de 45 mil exemplares.
Poucos meses após ocorreu sua maior transformação abrangendo todas as organizações de segurança pública.
O Jornal oferece hoje um engajamento com as demais categorias de servidores como: Polícia Civil (PC), Polícia Penal, Instituto Geral da Perícia (IGP) e Departamento de Trânsito (Detran), projetando atendê-los aos mesmos moldes com que atende a “família brigadiana”, daí a consecução da entidade mantenedora: Associação ABC da Segurança Pública.
A principal preocupação do JCB é a valorização das instituições policiais e de bombeiros e seus servidores, recursos indispensáveis para a paz social.
O JCB serve de ponte para as questões localizadas da segurança pública em interface política com organizações de estado, seja em nível municipal, regional ou nacional.
Nossa capacidade técnica, enquanto veículo segmentado, se consolida no preceito constitucional do direito universal à informação. Entendida esta informação como produto técnico, imparcial e produtivo à sociedade.
O jornal chega, efetivamente, em todos os recantos do Estado do RS e mesmo fora dele, seja pelas edições impressas e/ ou on line e mesmo pelos canais de comunicação, a exemplo do Portal de Notícias que chega a ter o alcance de mais de um milhão de pessoas.
Como inovação, o JCB se ajustando a um momento de dificuldade da sociedade mundial, com o advento do COVID 19, redimensionou sua organização, criando um espaço ainda maior de diálogo, de debates e notícias com a Rádio Studio 190, na modalidade web rádio, mas que se habilita passo a passo para uma possibilidade de rádio modulada.
Esta é resumidamente uma breve história de nossa rede ABC DA SEGURANÇA PÚBLICA, consagrando exemplos e sonhos de abnegados cidadãos de espírito público, sendo o único órgão segmentado da segurança pública do país, atuando neste modelo.
É Salutar destacar, que uma organização como o ABC da Segurança, que não tem finalidade lucrativa, somente pode alcançar 31 anos, com a confiança de fiéis anunciantes e seguidores, respaldados pelos gestores das organizações da segurança Pública do RS.
ABC DA SEGURANÇA PÚBLICA – Correio Brigadiano