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O Poder das Telas: I – Um Chamado à Consciência

Recentemente[1], ao assistir a um programa de televisão, fui tocado por uma mensagem sobre a importância do controle do uso de telas por crianças e adolescentes. Este é um assunto crucial que pode moldar o futuro das nossas gerações. Ao refletir sobre isso, verificamos que temos à nossa disposição ferramentas tecnológicas incríveis que, se utilizadas de maneira consciente, podem enriquecer o desenvolvimento e o crescimento pessoal de nossos jovens.

Durante a apresentação do programa foi trazido por um dos debatedores a reflexão relativa ao estabelecimento dos mecanismos de controle das plataformas das redes sociais.

Vivemos em uma era de inovações tecnológicas que nos surpreenderam ao longo dos últimos anos. No entanto, não podemos esquecer que a base da formação de muitas das gerações que hoje administram a sociedade foi construída em um contexto muito diferente, onde as telas eram, em sua maioria, de televisores. Esses dispositivos nos ofereceram acesso a uma variedade de conteúdos, mas também nos expuseram a mensagens que, por vezes, perpetuaram comportamentos negativos.

De forma não casual, mas proposital, foi esquecido que a maior parte das pessoas não tiveram a tela de celulares, iphones, smartphones, notebooks ou quaisquer outros equipamentos digitais e muito menos com o uso de redes sociais, como hoje a geração Z[2] e seguintes está acostumada.

A tela que repassou princípios e valores (independentemente de quais) para nossos filhos, quiçá netos, foi de televisores, com acesso apenas a canais abertos e as grandes redes de televisão.

Os conceitos que foram transmitidos e ainda são, de discriminação, de desrespeito a normas, de desconsideração, de procedimentos equivocados, errados, de violência, de ódio e de quaisquer comportamentos indevidos, publicizados nos mais variados programas de televisão ou em novelas, foram repassados (e ainda o são) não por redes sociais, mas sim, por grandes conglomerados de comunicação.

Portanto, não podemos demonizar redes sociais, nem faria isso com as redes de televisão abertas, ou atualmente, através dos canais de rede fechada; mas é preciso também conscientizar aos pais, responsáveis, empresários e tantas outras pessoas que fazem como que mensagens sejam preparadas, transmitidas, conduzidas, trabalhadas, divulgadas a crianças e adolescentes, permitindo a elas internalizarem bons ou maus exemplos; que elas sejam pessoas, no presente e futuro, que façam diferença no mundo.

Infelizmente, ainda vemos uma tendência a reforçar a discórdia e a disseminar informações parciais, que apenas contribuem para um ciclo vicioso de desinformação ou mesmo na conduzam “a responsabilização” de alguns atores nesse grande palco. Mas, como sociedade, temos a capacidade e obrigação de romper com esse padrão. Precisamos focar em identificar problemas, enfrentar desafios e buscar soluções reais que possam transformar a vida das pessoas para melhor.

Vamos juntos promover um uso responsável das telas, incentivando um diálogo aberto e construtivo, com críticas sobre o que é compartilhado e consumido. Ao fazermos isso, estaremos não apenas moldando o presente, mas também construindo um futuro mais brilhante e esperançoso para as próximas gerações. É hora de agir e fazer a diferença!

Coronel QOEM Res Marco Antônio Moura dos Santos


[1]  Rede Globo de Televisão, dia 06 julho de 2025.

[2]  Geração Z considerada como a mais conectada com o mundo digital.

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