Primeira aeronave do Corpo de Bombeiros Militar do RS decola nos EUA e está a caminho de Porto Alegre

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Iniciado na última segunda-feira (30), translado é acompanhado por dois pilotos gaúchos: os tenentes-coronéis Ingo Lüdke e Ricardo Mattei, que passaram por treinamento na Flórida

Mattei (E) e Lüdke (D) em frente ao helicóptero ainda sem a pintura do CBMRS
Ricardo Mattei / Arquivo Pessoal

GZH

Dois pilotos do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) foram escalados para uma missão especial nos Estados Unidos. Os tenentes-coronéis Ingo Lüdke e Ricardo Mattei receberam treinamento para pilotar a primeira aeronave da história do CBMRS e agora estão voltando da Flórida com o novo helicóptero de resgate.

O equipamento tem capacidade para remoção aeromédica e ajudará – muito – no trabalho de quem se dedica a salvar vidas no território gaúcho. 

Por duas semanas, em janeiro, a dupla já esteve na cidade de Milton – onde fica a empresa Leonardo, fabricante do modelo – para receber 12 horas de aulas práticas de pilotagem.

— Fizemos o treinamento com os pilotos da própria empresa, que preparam o pessoal da Marinha americana, o que nos dá muita segurança. Aprendemos todas as manobras de emergência da aeronave — conta Mattei, que, como Lüdke, atuou por anos no Batalhão Aéreo da Brigada Militar.

Desde a separação da BM, em 2017, o CBMRS lutava para ter seu próprio helicóptero. No ano passado, o governo do Estado lançou um edital para a compra do equipamento, com configuração avançada.

O modelo AW 119 kx Koala terá espaço para dois pilotos, seis tripulantes operacionais e maca, além de guincho para içar vítimas e gancho de transporte com capacidade de carga de 1,2 tonelada (com o chamado “bambi bucket”, espécie de “balde” para levar água). 

Com isso, o veículo poderá ser usado em operações de busca, salvamento e resgate, remoção de pacientes, combate a incêndios (inclusive florestais) e transporte de órgãos para transplantes.

Liberação

Os oficiais gaúchos retornaram aos EUA no início desta semana para acompanhar o translado do helicóptero, que deve terminar entre domingo (5) e segunda-feira (6). 

No RS, a aeronave ficará aos cuidados da empresa gaúcha Aromot, que atua em parceria com a Leonardo, tem hangar no Aeroporto Salgado Filho e será responsável por deixá-la pronta para operar. Isso inclui toda a parte burocrática, a pintura do veículo com as cores e a logomarca do CBMRS e a autorização para voo no Brasil. 

A expectativa é de que o Koala entre em operação em março.

Até voo noturno

Com autonomia de 2h30min em velocidade de cruzeiro, a aeronave poderá percorrer até 500 quilômetros sem parar para abastecimento. Também será possível voar por instrumentos, quando não há boas condições visuais e até mesmo à noite.

Lüdke (à frente) e Mattei fizeram 12 horas de voo na Flórida
Ricardo Mattei / Arquivo Pessoal

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