Em sua manifestação no seminário, o governador defendeu o combate da criminalidade sem abuso de violência
Taline Oppitz Correio do Povo
O governador Eduardo Leite (PSD) foi um dos painelistas do II Seminário Internacional sobre Segurança Pública, Direitos Humanos e Democracia, nesta segunda-feira, em São Paulo. O encontro, um dos maiores do país sobre o tema, reúne especialistas, juristas e autoridades, é organizado pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa.
Em sua manifestação, Leite afirmou ser viável combater a criminalidade sem abuso de violência. “O enfrentamento ao crime não pode ser feito à base de discursos fáceis ou soluções autoritárias que só aprofundam o problema. É possível ser firme, eficiente e democrático na segurança. É isso que o Rio Grande do Sul está demonstrando”, disse.
Leite destacou que há como adotar uma postura firme no combate ao crime organizado sem ceder a políticas autoritárias. A segurança é um dos temas sobre os quais Leite fala com desenvoltura e tranquilidade, em função dos avanços concretos viabilizados por meio do programa RS Seguro.
Não por acaso, a intenção é a de que a área da segurança se torne uma vitrine da gestão gaúcha para o país e seja uma das bandeiras de Leite nos movimentos de reforço de sua projeção nacional visando viabilizar o sonho de disputar o Planalto em 2026. Ou em 2030.
O programa colocado em prática no Rio Grande do Sul de fato vem apresentando uma sucessão de quedas nos indicadores de crimes como homicídios, roubos e furtos de veículos.
O calcanhar de Aquiles são os feminicídios, que, recentemente, no feriado de Páscoa, colocaram o Rio Grande do Sul em manchetes nacionais, em função dos dez casos registrados em apenas quatro dias. As dificuldades no enfrentamento da violência contra as mulheres não é uma exclusividade gaúcha e se espalha pelo país.