Na manhã desta sexta-feira (15), sindicatos e entidades que representam as principais categorias do funcionalismo público gaúcho promoveram um ato unificado no centro de Porto Alegre. A mobilização seguiu até o Palácio Piratini, onde lideranças e alguns políticos manifestaram a indignação com o arrocho salarial vivido pelos servidores do estado.
Por parte da Segurança Pública, participaram a ASSTBM, ABAMF, AOFERS, ASPRA, AABU, ABERGS, UGEIRM SINDIPOL e SINDICIVIS.

A pauta central foi a reposição inflacionária de 12,14%, percentual que, segundo os organizadores, cobre apenas parte das perdas acumuladas. Também houve críticas à situação do IPE Saúde, marcada pela falta de médicos e dificuldades de atendimento, especialmente no interior.

Lideranças denunciaram o abandono e a falta de valorização dos servidores, mas o dia e horário do protesto limitaram seu impacto junto ao Parlamento Gaúcho, que não realiza sessões às sextas-feiras. O governo estadual, por sua vez, não enviou representantes, já que o ato não tinha caráter de negociação, mas de desagravo contra o governo.
Embora o ato tendo a pauta definida na reposição inflacionária e a situação do IPE Saúde, a organização do evento, que é do Sindcaixa e CPERS abriu para manifestações políticas, que abordaram principalmente a questão nacional, tarifaço de Donald Trump e julgamento no STF dos envolvidos no ato de 08 de janeiro (23). Uma pauta não acordada com os demais participantes, principalmente os da área da segurança pública. Das manifestações de políticos, destacamos parte da fala da Deputada Maria do Rosário, onde citou que o STF está para concluir a questão do desconto previdenciário de aposentados acima do teto do regime geral, que se confirmar de fato, será uma boa notícia, pelo menos aos servidores inativos da BM e CBM.
Mesmo com baixa expectativa de efeito prático imediato, o movimento deixou claro o descontentamento das categorias, sinalizando que o clima de insatisfação pode pesar nas eleições de 2026.











